sexta-feira, 8 de abril de 2011

Biotecnologia no Diagonóstico e na Terapêutica de Doenças

Anti-corpos policlonais

Os anti-corpos policlonais são produzidos como resultado da estimulação de vários clones de linfócitos B, em resposta a um determinado antigénio. Apresentam especificidade para cada um dos diferentes determinantes antigénicos.
A contaminação do organismo por um agente patogénico conduz, naturalmente, à produção de anticorpos policlonais. 

Anti-corpos Monoclonais

Os anticorpos monoclonais, são obtidos, laboratorialmente e em grandes quantidades, a partir da estimulação de um único clone de linfócito B. São todos iguais e específicos para um só determinante antigénio.

Aplicações:
   * Na imunização passiva contra agentes infecciosos e toxinas;
   * Nos transplantes de tecidos ou orgãos;
   * Na estimulação da rejeição e destruição de tumores;
   * Na manipulação da resposta imunitária;
  * Na elaboração de teste de diagnóstico mais sensíveis e específicos( Ex. Testes de gravidez). 

Bioconversão 


Em biotecnologia, consiste na utilização de células ou da sua maquinaria enzimática para a transformação de um substrato num determinado produto, relacionados estruturalmente. É também designada biotransformação. 

Aplicações:
   * Diminuição do número de reacções necessárias para a obtenção do produto;
   * Permite realizar transformações, que seriam difíceis de efectuar por síntese química.
   * Diminuição do número de passos necessários para a obtenção do produto, em muitos casos, economicamente rentável;
   * Permite um aumento do grau de pureza/ especificidade, com consequente diminuição do risco de alergias e efeitos secundários,

Através de processos biotecnológicos, como a bioconversão ou biotransformação, é possível produzir:
   * Antibióticos;
   * Esteróides;
   * Vitaminas;

Desequilíbrios e Doenças

Alergias

As alergias são respostas exageradas a determinados antigénios do meio ambiente designados alergénios.
O primeiro contacto com o alergénio não produz , sintomas ou sinais. No entanto, os linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, produzindo anticorpos Ig E, específicos para esse antigénio. Alguns destes anticorpos ligam-se a células, como os mastócitos e os basófilos, que ficam assim sensibilizados para esse antigénio. 
Quando há uma nova exposição ao alergénio, este entra em contacto com os mastócitos e basófilos sensibilizados, que libertam histamina e outras substâncias inflamatórias, que, por sua vez, desencadeiam uma reacção alérgica. 

Doenças auto-imunes 

As doenças auto-imunes ocorrem quando o sistema imunitário se torna hipersensível a antigénios específicos da células ou dos tecidos do próprio organismo. 

Artrite reumatóide
Lúpus

Imunodeficiências

Imunodeficiência é, deficiência no funcionamento do sistema imunitário, de um organismo. Pode ser inata ou adquirida. 

Imunodeficiência inata: resulta de mutações durante o desenvolvimento embrionário ou por transmissão hereditária.É um conjunto de mecanismos de defesa não específicos de um organismo.
Imunodeficiência grave combinada- SCID
      
Imunodeficiência adquirida: Origina-se a partir da exposição do sistema imunitário aos agentes imunossupressores. É um conjunto de mecanismos de de defesa esecíficos de um organismo, que são adquiridos após cada invasão por agentes patogénicos.

SIDA

Imunização



Imunidade activa natural: é a infecção de um agente patogénico com  activação dos linfócitos B.

Imunidade activa artificial : Activação de linfócitos B por contacto com o antigénio presentes nas vacinas.

Imunidade passiva natural: Anticorpos presentes no leite materno. 


Imunidade passiva artificial: Anticorpos presentes em soros extraídos de outros indivíduos.

Vacinação e Soros

Vacinas- introdução de antigénios nos organismos , com o objectivo de estimular os linfócitos B e adquirir memória imunitária. 

Soros- contém plasma sanguíneo com anti-corpos de um indivíduo que já teve essa doença.